A genética é cruel!

Segundo o Dicionário Eletrônico Aurélio, v. 5.0, genética, substantivo feminino, significa: ramo da biologia que estuda as leis da transmissão dos caracteres hereditários nos indivíduos, e as propriedades das partículas que asseguram essa transmissão. É a tal da hereditariedade, aquela coisinha que faz com que as pessoas digam que nos parecemos com nossos pais etc.

Mas será que além dessa característica visível de hereditariedade, a aparência física, a gente realmente carrega algo mais dos pais da gente dentro do nosso DNA, ou somos fruto do ambiente em que vivemos?! Será que o filho de um assassino psicopata vai ser também um assassino psicopata? É muito cruel acreditar nisso, mas estudos e pesquisas no mundo todo tratam sobre o assunto com muita seriedade.

Hoje é possível, por meio de exame de DNA, com o bebê ainda no ventre da mãe, descobrir se a criança tem ou terá uma doença de origem genética e futuramente poder trata-la ou apenas acompanhar seu desenvolvimento. Algumas delas: o mal de Alzheimer, o daltonismo, albinismo, a síndrome de Down, a epilepsia, leucemia dentre outras…

Por conta dessas descobertas e por experiência própria, me convenço a cada dia que a tal genética é realmente cruel. Como dizia uma amiga de faculdade, que por causa da epilepsia, às vezes se sentia prejudicada no desempenho acadêmico: então, ela soltava pra mim com seu sotaque peculiarmente cuiabano: ”Ai, Lesliê (sim, esse era meu nome, em algum momento, contarei essa história), a genética é cruel!”. E isso foi há muitas décadas, e olha que nessa época algumas descobertas estavam engatinhando. E infelizmente, essa minha querida amiga partiu cedo demais para poder usufruir da modernidade da ciência.

Sabe aquela música de autoria do Belchior que a Elis Regina cantava: Como nossos pais? “…Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais…”, é exatamente isso que acontece com a gente.

Quando criança, idolatramos nossos pais, até os imitamos. Na adolescência, alguns muitos temos vergonha dos nossos pais, e depois de algum tempo, não muito distante, acabamos ficando exatamente como nossos pais. Às vezes rabugentos, brigões, autoritários; sem falar nos trejeitos, nas preferências alimentares, tem até aquela ‘torcida de nariz’…; contamos as mesmas histórias milhares de vezes, quando não piadas, às vezes sem graça (e nossos amigos riem pra não perder a amizade – Risos!).

E então, será que além de herdarmos doenças, tipo físico, ainda herdamos algo mais além; a personalidade? Mas será que paramos nisso? Será que não sofremos também as influências do meio em que vivemos? Fica aqui a pergunta a ser refletida.

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